Este é o meu pseudo-script para o último episódio de Lost.
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A câmara desce de forma paralela à terra, desde cerca de 1-2 metros de um local semelhante a uma selva, atravessa a terra e continua demonstrando um sub-nível oculto.
As cores mudam radicalmente, a selva mostrava verdes e castanhos fortes, já por baixo da terra os tons são de um verde-acinzentado. O cenário revela-se como sendo uma instalação muito rudimentar a nível visual, com as paredes em betão.
Muda o ângulo e a câmara começa-se a mover horizontalmente de forma paralela a uma parede, demonstrando o que se pode supor serem salas com cerca de 4x4 ou 5x4 metros. Velhas portas de metal com uma tonalidade castanho-esverdeada separam os quartos do corredor. A última das salas apresenta-se com uma grande janela de vidro à direita da porta, substituindo toda a parede acima da cintura - uma vintrine. No canto direito encontra-se uma cama singular, armação simples em aço pintada de cinzento, com um colchão e lençóis brancos. Ao lado da cama está uma mesa, no centro da sala, com uma cadeira de cada lado. Em cima da mesa, e por toda a sala estão livros. Livros velhos, livros rasgados, folhas de livros. Por toda a parte. Sentado na cama está Tom, debruçado sobre as pernas, com uma aparência num estranho misto de pensativo com um vazio quase sobrenatural - como se tivesse morrido, mas continuasse vivo.
Tom olha para a câmara. Um flash branco corta a cena.
O cenário muda completamente, sendo agora num aeroporto, e a cor dominante o azul, com um plano ligeiramente inclinado para o céu de verão. Vemos o Tom bem vestido, com uma camisa também azul e ao longe, vindo na sua direcção, o Ben.
Quando se encontram a câmara muda para um plano que revela um avião ao longe, e umas escadas rolantes num dos cantos da imagem.
ECRÃ: 9 AM - 14 Meses antes
TOM: "Bom dia Ben."
BEN: "Bom dia Tom. Preparado?"
TOM: "Sim, mas hesitante. Deu-me o nervosismo ontem à noite. Não conseguia dormir, nem nada. Já nem como à três dias."
BEN: "Já somos dois. Passei o dia todo de ontem a pensar em desistir. Mesmo agora não sei se estou convencido."
A câmara foca, entre os personagens, as escadas rolantes.
TOM: "É ansiedade. Nós procurámos isto toda a vida, e agora que encontrámos vamos desistir?"
BEN: "Eu sei, tens razão. Mas não deixa de ser estranho e assustador o modo como tudo isto aconteceu - como nos conhecemos - e ter surgido esta oportunidade."
TOM: "É o nosso destino, Tom. Encontrá-mo-nos porque assim teve de ser, tal como a empresa."
Durante o diálogo é possível ver ao fundo, de forma pouco óbvia, o Jack com um colar cervical e a tossir, e a Kate a ter uma discussão com um segurança.
A cena é interrompida com um flash branco.
De dentro da sala do Tom, a câmara apanha a porta em closeup.
Ouve-se um bater à porta e esta a destrancar.
ECRÃ: 9 AM
ENFERMEIRA 1: "Bom dia Tom! Como estás?"
Câmara alterna para o Tom enquanto se ouve a porta a fechar.
Tom levanta a cara e faz uma cara de desentendido, como se tivesse acabado de acordar. E alcoolizado. E lhe tivessem falado numa língua estranha.
A câmara muda para o canto em frente à cama, atrás do vidro, revelando ambas as personagens, a cama e a mesa.
ENFERMEIRA 1: "Óptimo Tom! Está na hora do tratamento!"
Ouve-se a porta a abrir e vários vultos a entrar, até que se revelam como 2 sujeitos vestidos de branco, possíveis enfermeiros. Estes imediatamente colocam-se de cada lado do Tom, segurando-o. Entretanto a enfermeira está a preparar uma injecção. O Tom não oferece resistência. Ela aproxima-se, mete-lhe o braço esquerdo a jeito e injecta-o.
A cena corta.
O Tom e o Ben encontram-se agora num café do aeroporto. Um espaço amplo, interior. Inicialmente a cena é demonstrada num grande plano mas é imediatamente interrompida por uma aproximação aos dois, ambos sentados numa mesa de alumínio com cadeiras a condizer.
TOM: "Que achas deste tal Morgan?"
BEN: "Não sei bem, só falei com ele uma vez directamente. Parece ser um sujeito importante."
TOM: "Pois, também não falámos muito. Contactou-me só mais uma ou duas vezes."
BEN: "Achei um bocado estranho não ser preciso levar nada pessoal comigo. Ainda lá vou ficar algum tempo. Um mês ou dois."
TOM: "É como eu."
Na mesa ao lado pode-se ver o Charlie a cantarolar um tema da rádio, e o Hugo a entregar uns impressos na tabacaria. Na mesa ao lado encontram-se a Sun e o Jin, ambos a beberem um chá gelado, enquanto têm uma discussão quente.
Ecrã fica preto.
Fim da primeira parte.
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A câmara desce de forma paralela à terra, desde cerca de 1-2 metros de um local semelhante a uma selva, atravessa a terra e continua demonstrando um sub-nível oculto.
As cores mudam radicalmente, a selva mostrava verdes e castanhos fortes, já por baixo da terra os tons são de um verde-acinzentado. O cenário revela-se como sendo uma instalação muito rudimentar a nível visual, com as paredes em betão.
Muda o ângulo e a câmara começa-se a mover horizontalmente de forma paralela a uma parede, demonstrando o que se pode supor serem salas com cerca de 4x4 ou 5x4 metros. Velhas portas de metal com uma tonalidade castanho-esverdeada separam os quartos do corredor. A última das salas apresenta-se com uma grande janela de vidro à direita da porta, substituindo toda a parede acima da cintura - uma vintrine. No canto direito encontra-se uma cama singular, armação simples em aço pintada de cinzento, com um colchão e lençóis brancos. Ao lado da cama está uma mesa, no centro da sala, com uma cadeira de cada lado. Em cima da mesa, e por toda a sala estão livros. Livros velhos, livros rasgados, folhas de livros. Por toda a parte. Sentado na cama está Tom, debruçado sobre as pernas, com uma aparência num estranho misto de pensativo com um vazio quase sobrenatural - como se tivesse morrido, mas continuasse vivo.
Tom olha para a câmara. Um flash branco corta a cena.
O cenário muda completamente, sendo agora num aeroporto, e a cor dominante o azul, com um plano ligeiramente inclinado para o céu de verão. Vemos o Tom bem vestido, com uma camisa também azul e ao longe, vindo na sua direcção, o Ben.
Quando se encontram a câmara muda para um plano que revela um avião ao longe, e umas escadas rolantes num dos cantos da imagem.
ECRÃ: 9 AM - 14 Meses antes
TOM: "Bom dia Ben."
BEN: "Bom dia Tom. Preparado?"
TOM: "Sim, mas hesitante. Deu-me o nervosismo ontem à noite. Não conseguia dormir, nem nada. Já nem como à três dias."
BEN: "Já somos dois. Passei o dia todo de ontem a pensar em desistir. Mesmo agora não sei se estou convencido."
A câmara foca, entre os personagens, as escadas rolantes.
TOM: "É ansiedade. Nós procurámos isto toda a vida, e agora que encontrámos vamos desistir?"
BEN: "Eu sei, tens razão. Mas não deixa de ser estranho e assustador o modo como tudo isto aconteceu - como nos conhecemos - e ter surgido esta oportunidade."
TOM: "É o nosso destino, Tom. Encontrá-mo-nos porque assim teve de ser, tal como a empresa."
Durante o diálogo é possível ver ao fundo, de forma pouco óbvia, o Jack com um colar cervical e a tossir, e a Kate a ter uma discussão com um segurança.
A cena é interrompida com um flash branco.
De dentro da sala do Tom, a câmara apanha a porta em closeup.
Ouve-se um bater à porta e esta a destrancar.
ECRÃ: 9 AM
ENFERMEIRA 1: "Bom dia Tom! Como estás?"
Câmara alterna para o Tom enquanto se ouve a porta a fechar.
Tom levanta a cara e faz uma cara de desentendido, como se tivesse acabado de acordar. E alcoolizado. E lhe tivessem falado numa língua estranha.
A câmara muda para o canto em frente à cama, atrás do vidro, revelando ambas as personagens, a cama e a mesa.
ENFERMEIRA 1: "Óptimo Tom! Está na hora do tratamento!"
Ouve-se a porta a abrir e vários vultos a entrar, até que se revelam como 2 sujeitos vestidos de branco, possíveis enfermeiros. Estes imediatamente colocam-se de cada lado do Tom, segurando-o. Entretanto a enfermeira está a preparar uma injecção. O Tom não oferece resistência. Ela aproxima-se, mete-lhe o braço esquerdo a jeito e injecta-o.
A cena corta.
O Tom e o Ben encontram-se agora num café do aeroporto. Um espaço amplo, interior. Inicialmente a cena é demonstrada num grande plano mas é imediatamente interrompida por uma aproximação aos dois, ambos sentados numa mesa de alumínio com cadeiras a condizer.
TOM: "Que achas deste tal Morgan?"
BEN: "Não sei bem, só falei com ele uma vez directamente. Parece ser um sujeito importante."
TOM: "Pois, também não falámos muito. Contactou-me só mais uma ou duas vezes."
BEN: "Achei um bocado estranho não ser preciso levar nada pessoal comigo. Ainda lá vou ficar algum tempo. Um mês ou dois."
TOM: "É como eu."
Na mesa ao lado pode-se ver o Charlie a cantarolar um tema da rádio, e o Hugo a entregar uns impressos na tabacaria. Na mesa ao lado encontram-se a Sun e o Jin, ambos a beberem um chá gelado, enquanto têm uma discussão quente.
Ecrã fica preto.
Fim da primeira parte.
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