..never looked as good as this?
Esperemos.
Acabou a LAN. Foi uma semana divertida, em que revi quem há um ano não via; e espero agora que os re-encontros se tornem mais próximos do que anuais. Tenho pena pela falta da companhia de quem apenas foi um par de dias, e sinto-me saudoso de toda a galhofa que ocorreu em excesso. Preciso de mais momentos assim na vida, acho que seria muito mais feliz.
Como não podia deixar de ser, depois de uma semana a acabar as noites em grande no Guitar Hero com a Livin' on a Prayer, acabado de chegar a Lisboa, e a casa do Max para o seu aniversário, estão precisamente a tocar o mesmo tema no Rock Band... só me lembrava do Gil a atirar versos da música para o ar.
Acho que o sono me apanhou, devia ir dormir, mas estou a dizer isto desde as 5 da manhã e é agora meio-dia e vinte. Nem me lembrava porque escrevi o meu último post. Os sentimentos são tão descartáveis, nem consigo recordar aos motivos pelos quais me senti genuinamente feliz. Digo genuinamente pois partilhei-os com um terceiro, e lembro-me bem do diálogo. A felicidade era genuína.
Claro que isto é tudo um monte de tretas. Nada é assim tão descartável, e ainda menos sentimentos. Mas é mais fácil engolir. É mais fácil baixar a cabeça e esquecer, desistir. Odeio emoções por ser tão emocionável. Num segundo estou terrivelmente apaixonado seja por quem ou o que for e no momento a seguir sinto o peso do céu no estômago. Convulsões de ácido, clorídrico por sinal, que se fazem sentir literalmente a corroer o meu interior.
Ela fez-me pensar. Algures na viagem dela... parece que me encontrou a mim. Já não é ela, sou eu. Isto é muito irónico. E é extremamente irritante, não pelo facto de se parecer comigo a falar, mas simplesmente por ser precisamente EU. Eu, que me odeio por isso. Pelo cinismo (ainda não percebi bem o significado da palavra em português, uso-a como se fosse em Inglês: céptico, pessimista) que tanto odeio em mim e sinto que me impede de ir mais além. Por pintar tudo de uma forma tão negra. Por não acreditar. Eu bem tento. E tu sempre tentaste, e pareces conseguir... e agora falas-me como se ao espelho eu estivesse. Perdeste o encanto, e isso fez-me pensar. Quando me tornei eu assim, e porque acho que estou pior a cada ano que passa? O que se passou na minha viagem que eu não vi bem?
...
Ironicamente mudei o meu avatar no blog para uma imagem do House of Leaves, livro que refere logo de inicio precisamente do risco de nos depararmos com mudanças em nós próprios sem nos apercebermos:
"This much I'm certain of: it doesn't happen immediatly. You'll finish and that will be that, until a moment will come, maybe in a month, maybe in a year, maybe in several years. You'll be sick or feeling troubled or deeply in love or quietly uncertain or even content for the first time in your life. It won't matter. Out of the blue, beyond any cause you can trace, you'll suddenly realize things are not how you perceived them to be at all. For some reason, you will no longer be the person you believed you once were. You'll detect slow and subtle shifts going on all around you, more importantly shifts in you. Worse, you'll realize it's always been shifting, like a shimmer of sorts, a vast shimmer, only dark like a room. But you won't understand why or how. You'll have forgotten what granted you this awareness in the first place."
Quando este livro acerta dá-me náuseas. E as náuseas lembram-me as Whalestoe Letters que por sua vez foram lidas em Cabanas que, claro, me lembram de ti. Full circle.
Parece que ocorre toda uma flutuação constante de estados de espírito, motivações e serenidade. Ora a vida é bela, ora apetece-me destruir algo belo. Ora sinto-me capaz de chegar ás estrelas, ora só me apetece enfiar no fundo do oceano, e desaparecer, e nunca mais ninguém se lembrar que existi. E ora estou genuinamente feliz, ora sou bom actor. Apercebi-me disso antes de ir para Santarém.
Obrigado a ti pela conversa; apercebi-me que parece que agora eu engulo as minhas próprias tretas. Isto não pode ser bom.
Desisto. Tu tens razão. Comecei a escrever o post e até ia referir que estava contente. Isso entretanto foi-se e nem meia hora passou. Esta merda corrói.
Dou 2 dias para tu, ou tu, me responderem. Senão caguei para ti, e vou ser muito mais persistente contigo.
Esperemos.
Acabou a LAN. Foi uma semana divertida, em que revi quem há um ano não via; e espero agora que os re-encontros se tornem mais próximos do que anuais. Tenho pena pela falta da companhia de quem apenas foi um par de dias, e sinto-me saudoso de toda a galhofa que ocorreu em excesso. Preciso de mais momentos assim na vida, acho que seria muito mais feliz.
Como não podia deixar de ser, depois de uma semana a acabar as noites em grande no Guitar Hero com a Livin' on a Prayer, acabado de chegar a Lisboa, e a casa do Max para o seu aniversário, estão precisamente a tocar o mesmo tema no Rock Band... só me lembrava do Gil a atirar versos da música para o ar.
Acho que o sono me apanhou, devia ir dormir, mas estou a dizer isto desde as 5 da manhã e é agora meio-dia e vinte. Nem me lembrava porque escrevi o meu último post. Os sentimentos são tão descartáveis, nem consigo recordar aos motivos pelos quais me senti genuinamente feliz. Digo genuinamente pois partilhei-os com um terceiro, e lembro-me bem do diálogo. A felicidade era genuína.
Claro que isto é tudo um monte de tretas. Nada é assim tão descartável, e ainda menos sentimentos. Mas é mais fácil engolir. É mais fácil baixar a cabeça e esquecer, desistir. Odeio emoções por ser tão emocionável. Num segundo estou terrivelmente apaixonado seja por quem ou o que for e no momento a seguir sinto o peso do céu no estômago. Convulsões de ácido, clorídrico por sinal, que se fazem sentir literalmente a corroer o meu interior.
Ela fez-me pensar. Algures na viagem dela... parece que me encontrou a mim. Já não é ela, sou eu. Isto é muito irónico. E é extremamente irritante, não pelo facto de se parecer comigo a falar, mas simplesmente por ser precisamente EU. Eu, que me odeio por isso. Pelo cinismo (ainda não percebi bem o significado da palavra em português, uso-a como se fosse em Inglês: céptico, pessimista) que tanto odeio em mim e sinto que me impede de ir mais além. Por pintar tudo de uma forma tão negra. Por não acreditar. Eu bem tento. E tu sempre tentaste, e pareces conseguir... e agora falas-me como se ao espelho eu estivesse. Perdeste o encanto, e isso fez-me pensar. Quando me tornei eu assim, e porque acho que estou pior a cada ano que passa? O que se passou na minha viagem que eu não vi bem?
...
Ironicamente mudei o meu avatar no blog para uma imagem do House of Leaves, livro que refere logo de inicio precisamente do risco de nos depararmos com mudanças em nós próprios sem nos apercebermos:
"This much I'm certain of: it doesn't happen immediatly. You'll finish and that will be that, until a moment will come, maybe in a month, maybe in a year, maybe in several years. You'll be sick or feeling troubled or deeply in love or quietly uncertain or even content for the first time in your life. It won't matter. Out of the blue, beyond any cause you can trace, you'll suddenly realize things are not how you perceived them to be at all. For some reason, you will no longer be the person you believed you once were. You'll detect slow and subtle shifts going on all around you, more importantly shifts in you. Worse, you'll realize it's always been shifting, like a shimmer of sorts, a vast shimmer, only dark like a room. But you won't understand why or how. You'll have forgotten what granted you this awareness in the first place."
Quando este livro acerta dá-me náuseas. E as náuseas lembram-me as Whalestoe Letters que por sua vez foram lidas em Cabanas que, claro, me lembram de ti. Full circle.
Parece que ocorre toda uma flutuação constante de estados de espírito, motivações e serenidade. Ora a vida é bela, ora apetece-me destruir algo belo. Ora sinto-me capaz de chegar ás estrelas, ora só me apetece enfiar no fundo do oceano, e desaparecer, e nunca mais ninguém se lembrar que existi. E ora estou genuinamente feliz, ora sou bom actor. Apercebi-me disso antes de ir para Santarém.
Obrigado a ti pela conversa; apercebi-me que parece que agora eu engulo as minhas próprias tretas. Isto não pode ser bom.
Desisto. Tu tens razão. Comecei a escrever o post e até ia referir que estava contente. Isso entretanto foi-se e nem meia hora passou. Esta merda corrói.
Dou 2 dias para tu, ou tu, me responderem. Senão caguei para ti, e vou ser muito mais persistente contigo.
Escrever para pessoas sem referir nomes é tão divertido.
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